segunda-feira, 21 de maio de 2012

Missão Técnica EcoBuilding / Arqtours São Francisco 2012 - GreenBuild Conference & Expo


Caros,

Preparem-se. Estão abertas as reservas para a Missão Técnica EcoBuilding / ArqTours São Francisco - GreenBuild Conference & Expo 2012. O programa, como sempre, envolve, além de visita à feira do USGBC, um dos maiores eventos em Construção Sustentável do mundo, visitas técnicas a escritórios e edifícios sustentáveis de referência, como só a ArqTours sabe organizar.

Quem já foi, sabe como são as Missões Técnicas EcoBuilding / ArqTours. A quem ainda não foi, recomendo. São experências muito enriquecedoras.

Reserve sua vaga. São limitadas.
Pode tratar com a Arq. Raquel Palhares: raquel@arqtours.com.br / (11) 7874 3293.

Até breve.

sábado, 19 de maio de 2012

Nova base da Nasa é modelo de sustentabilidade

Por Leandro Amatti, 3 de maio de 2012

O prédio que servirá como centro de testes em inovações e tecnologias limpas da agência espacial americana, Nasa, foi concluído neste mês de abril e recebeu LEED Platinum, mais alta certificação de construção ecológica, fornecido pela U.S Green Building Council. Após dois anos de obra, a Base de Sustentabilidade da Nasa, localizada na Califórnia, é atualmente o prédio público mais verde dos Estados Unidos, segundo a Exame.

O título foi recebido graças as suas instalações, propostas pela Casa Branca. O local usará 90% menos água potável do que um prédio convencional do mesmo porte. Ele também criará 22% mais energia do que consumirá, graças a uma combinação de painéis solares, um dispositivo de célula combustível e um sistema geotermal que enviará água naturalmente resfriada do solo para painéis de teto no interior da construção.

O edifício, que será a estação de trabalho de 210 funcionários da Nasa, utilizou concreto e aço reciclados na construção. Ao total foram gastos US$ 20,6 milhões.

Projetado pelo escritório de arquitetura William McDonough + Partners, especializado em eco design, a prioridade do projeto é maximizar o uso de luz natural, economizando energia elétrica.

Além do quesito energia e construção, o prédio também possui atributos high tech, que incluem cinco mil sensores de calor e fluxo de ar que regulam, automaticamente, a abertura e fechamento das janelas nos dois andares. Quando a luz do sol entrar no escritório ou começar a chover, não será preciso uma pessoa para abrir ou fechar as janelas.

A mesma tecnologia será capaz de medir os níveis de dióxido de carbono, refrigeração, ruídos e iluminação dentro das salas.

25/04/201, http://www.ecodesenvolvimento.org.br/

sexta-feira, 18 de maio de 2012

USP desenvolve casa que une sustentabilidade e eficiência energética

Por Leandro Amatti, para Portal Energia, publicado em 09 de Maio de 2012

O Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE) da USP está montando, desde o final de 2010, uma casa eficiente, sustentável e inovadora, que funciona exclusivamente com energia solar, térmica e fotovoltaica. O projeto intitulado “Ekó House“ é um protótipo que combina elementos de tecnologia high-tech com soluções tradicionais de arquitetura e engenharia.

“A casa tem aproximadamente 47 metros quadrados (m²). Ela conta com cozinha, sala de jantar, sala de estar, banheiro e quarto. O ambiente é projetado para dar flexibilidade de uso. Com persianas e móveis o ambiente é alterado, aumentando a área social ou a área íntima”, explicou a Agência USP de Notícias, a mestranda em arquitetura Bruna Mayer de Souza, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), uma das integrantes da iniciativa.

O conceito da habitação se inspira na diversidade e na pluralidade da cultura brasileira. Segundo os responsáveis, a herança indígena é tomada como ponto de partida, como matriz do mosaico cultural que mantém uma unidade na identidade nacional. Daí que vem o nome “Ekó″, original da língua Tupi-Guarani, que significa “viver” ou “modo de viver”.

A equipe responsável pelo projeto é chamada de “Team Brasil” e é formada por estudantes e docentes de diversas áreas como: Arquitetura e Urbanismo, Engenharias Civil, Mecânica, Elétrica, Sanitária e Ambiental, Automação e Sistemas, e outras áreas como Design e Marketing.

A ideia é uma proposta brasileira que está concorrendo ao Solar Decathlon Europe 2012, uma competição internacional na qual 20 equipes, representando universidades de todo o mundo, projetam, constroem e colocam em funcionamento uma casa sustentável e com eficiência energética.

Solar Decathlon Europe

O prêmio é dividido em dez categorias que avaliam as inovações da casa, como sua capacidade de geração e eficiência energética, conforto, qualidade espacial e construtiva, entre outras.

A construção da casa é realizada localmente e, depois, ela é transportada para a zona da competição em Madrid, na Espanha, onde as residências devem ser montadas em um prazo de dez dias – e lá permanecem em exposição para o público, por um período de 17 dias.

“A casa será levada para Madrid parcialmente desmontada, em containers. A estrutura é feita de peças de cumaru e placas de OSB (oriented stranded board) que formam painéis. Esses painéis são preenchidos com lã de vidro para isolamento térmico. Como revestimento, são usadas placas cimentícias, e entre os painéis e as placas também é utilizado aerogel, um material fibroso de alta eficiência no isolamento térmico. Os painéis já irão prontos para Madri, com todas as suas camadas instaladas, inclusive com canos e fios, para lá serem apenas encaixados”, explicou Bruna.

07/05/2012, http://www.ecodesenvolvimento.org.br/

Prédios públicos do Paraná seguirão soluções ecológicas

Por Fernanda Trisotto, publicado em Gazeta do Povo, 16/05/2012

Lei determina que novas construções tenham sistemas de aquecimento de água por energia solar e reaproveitamento de água de chuva, além de telhados ambientalmente corretos

Todos os prédios públicos que forem construídos no Paraná deverão de seguir três regras para se tornarem ecologicamente corretos e sustentáveis. A Lei Estadual 17.084/2012, dos deputados Luiz Accorsi (PSDB) e Rasca Rodrigues (PV), determina que as novas obras tenham sistemas de aquecimento de água por energia solar e reaproveitamento de água de chuva, além de telhados ambientalmente corretos. A justificativa é que a medida vai gerar economia e trará ganhos ambientais aos municípios. A proposta foi publicada no Diário Oficial em março e ainda está sendo regulamentada pelo Poder Executivo.

Para o prefeito de Pira­quara, Gabriel Jorge Samaha, presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), a lei é interessante, mas para que sua aplicação seja eficaz deve haver um período de adaptação, já que existem projetos finalizados em fase de licitação ou com orçamento já definido.

Samaha considera que é possível fazer projetos que atendam a essas diretrizes daqui por diante, mesmo elevando o custo das obras. “O custo não é impeditivo. Ele é assimilável e as prefeituras vão acomodar o dinheiro necessário em função da previsão dessas obras”, defende.

Viabilidade

A arquiteta Cristiane Lacerda, vice-presidente comercial da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura no Paraná (AsBEA-PR), diz que a estratégia de o poder público dar o exemplo é interessante, porém os requisitos previstos na lei são poucos para apresentarem resultados efetivos. “Acho ingênuo aplicar indiscriminadamente sem avaliar se vale a pena o investimento e se o resultado vai ser significativo”, afirma.

Em relação ao resultado, Cristiane lembra que, para obter o selo de algum sistema de certificação, uma construção que tenha por meta economizar 20% de água e energia teria de adotar pelo menos 20 itens de sustentabilidade. Ela ressalta que algumas medidas simples, como o uso de lâmpadas eficientes e torneiras e descargas com controle de tempo, podem ser bastante eficazes e têm baixo custo. Por outro lado, a arquiteta ressalta que a tecnologia nem sempre se aplica ao contexto urbano. Em casos de insolação insuficiente, por exemplo, não é eficaz fazer a instalação de placas de energia solar.

Professor da Pontifícia Uni­­versidade Católica do Paraná (PUCPR) e da Universidade Positivo (UP), Bráulio Carollo trabalha com projetos para o poder público e ressalta que outros estados também contam com legislações semelhantes. “São políticas ambientais para que haja menos agressão. Têm a ver com eficiência energética, energia renovável, utilização de produtos mais compatíveis, como lâmpadas mais eficientes, sistemas modernos de ar-condicionado e projetos de arquitetura que promovam o aproveitamento da luz natural”, explica.

Normas


A Lei 17.084, de 13 de março de 2012, determina a obrigatoriedade de implantação de alguns sistemas que vão tornar as construções públicas mais ambientalmente corretas e sustentáveis. Confira os principais pontos previstos no texto:

- Exigências: depois da regulamentação da lei, todos os prédios públicos do estado do Paraná devem ter sistema de aquecimento de água por energia solar, aproveitamento de água de chuva e telhados verdes (com grama ou jardins plantados) ou com telhas metálicas claras, pintadas com tinta branca ou pigmentações especiais.

- Normas: Os materiais e as instalações devem respeitar as regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e ter eficiência comprovada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

- Licitação: Todas as licitações devem mencionar, expressamente, a instalação desses sistemas.

- Exceção: Em caso de comprovação de inviabilidade técnica por um estudo profissional, não é preciso aplicar a lei para a construção do prédio em questão.

- Na prática: A regulamentação da lei será feita pelo Poder Executivo. Ainda não está especificado quem deve fiscalizar seu cumprimento e quais as sanções aplicáveis caso as determinações não sejam seguidas.

Experiência

Na Bahia, servidores fiscalizam consumo de água e energia

Para controlar os gastos com água e energia elétrica, além de mobilizar órgãos da administração pública estadual, o governo baiano criou o Programa de Racionalização do Consumo de Água e Energia nos Prédios Públicos. O consumo é monitorado por grupos de servidores, divididos em ecotimes, responsáveis por coletar os dados. A intenção do governo é criar uma cultura de preservação de recursos naturais, visando a garantir a autossustentabilidade, e reduzir ou eliminar desperdícios e perdas.

O estado ainda conta com o Programa de Qualidade das Obras Públicas da Bahia (Qualiobra), que padroniza rotinas de contratação, fiscalização e acompanhamento das obras. O programa se ocupa de implantar processos de qualificação, homologação e certificação de produtos e serviços. Além disso, todas as obras públicas da Bahia são geridas pela Superintendência de Construções Administrativas do estado (Sucab), que desde 1991 é o executor de obras públicas, com a incorporação dos projetos.